Mais uma greve, até quando? Elite sindical faz a cidade e servidores novamente reféns


Desde que foi fundado em 2018, o Movimento Floripa Sustentável, hoje constituído por 46 entidades representativas da comunidade catarinense, já se manifestou em 13 oportunidades em que foram decretadas greves de servidores municipais e da Comcap, ou seja, a cidade “parou” em média três vezes por ano desde então. É insuportável.

E toda vez o mesmo processo se repete: greves-relâmpago decretadas “no escuro” por uma elite sindical, que pegam os trabalhadores, pais de alunos, gente que precisa atendimento de saúde e ter seu lixo coletado, enfim, pegam Florianópolis de surpresa e a transforma em refém. As greves são decretadas sem diálogo com a Prefeitura, negociações conciliatórias, nada disso: é a ditadura sindical. Depois da greve, não se sabe se os faltosos foram punidos, se o sindicato pagou a multa definida pela Justiça, a vida continua sob a sombra e o medo dos cidadãos: quando será a próxima?

Não cabe ao Floripa Sustentável entrar no mérito das “reivindicações” dos servidores da Prefeitura e da Comcap, mas o que alega o sindicato é risível – e poderia se resolver com uma ou duas rodadas de negociação conciliatória. A greve é um direito, mas não pode ser banalizada e nem utilizada com fins político-eleitoreiros.

Cabe ao Floripa Sustentável parabenizar também a imensa maioria dos servidores – como os da Educação, que mantiveram mais de 95% das escolas e creches funcionando no dia de ontem (10) – e apelar para que todos continuem trabalhando, para o bem de toda a coletividade.

É trágico que depois de 2 anos sem ir à escola, nos primeiros dias de volta às aulas a elite sindical tente condenar também nossos alunos e seus pais. Lembrando que os professores tiveram o piso reajustado de R$ 2,8 mil para R$ 3,8 mil, ou seja, a greve se insurge até para com um fato altamente positivo para os nossos profissionais de Educação.

Com relação à Comcap, não há mais meio termo: é urgente a privatização. O melhor argumento está sendo dado agora, nesta greve: o Continente e o Norte Ilha seguem com os serviços normalmente, porque são atendidos por empresas terceirizadas. O resto da cidade segue refém do sindicato, espera-se que não por muito tempo. Que sejam privatizados os serviços da Comcap em toda a cidade.

Por fim, o Movimento Floripa Sustentável reafirma: se não houver punição dos responsáveis e dos faltosos, pelo “perdão” que caracteriza cada final de greve e se medidas duras não forem tomadas, continuaremos todos reféns de meia dúzia de sindicalistas e “políticos” que lhes dão cobertura. Até quando?

FLORIPA SUSTENTÁVEL
46 ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA COMUNIDADE CATARINENSE

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